Célia e seu marido Antônio possuem uma longa história com o café, são 23 anos trabalhando na colheita. Atualmente são trabalhadores em regime de meia, isso significa que metade do que é colhido no dia, na semana, ou no mês (isso depende do contrato) fica para eles e o restante para o proprietário da terra. Comumente, o café que é colhido nesse regime segue em duas direções distintas. A metade que vai para o patrão recebe um tratamento diferenciado no pós colheita e vira café especial. Já a parte do meeiro, nem sempre recebe um tratamento adequado e, na maioria da vezes, acaba virando café commodity.
Contrariando o que normalmente acontece, este café da Célia foi colhido por uma meeira e virou um baita café especial. Foi a primeira vez que deu um tratamento diferenciado na parte que colhe. O café foi colhido seletivamente e seco no terreiro de concreto com bastante cuidado e atenção. O manejo do solo também é diferenciado, a adubação é feita com adubos organominerais e não utilizam pesticidas ou herbicidas, como o glifosato (Roundup). O resultado dessa dedicação vem romper paradigmas, mostrando que o café de uma meeira pode sim se tornar um café especial!
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