O café que separaram para a gente é um Catuaí Amarelo fermentado. O café passou uma fermentação anaeróbica ainda quando em cereja e após essa primeira etapa foi descascado e passou por um segundo processo de fermentação a seco. A secagem foi feita em terreiro suspenso e devido a presença de mucilagem que permaneceu no café, o processo de secagem é denominado de yellow honey.
Os jovens irmão produtores Eduardo e Cleverson do Sítio Tarumã são a segunda geração a produzir café. A história da família começa com os seus pais, seu Sebastião Daniel e a sua esposa Hilda Cândida da Silva. Antes de trabalhar com o café eles faziam o cultivo do arroz na região. Entretanto, com a queda nos preços da cultura e com a escassez da água, surgiu em 1988 a necessidade de partir para uma nova cultura, o café. No início começaram com o café convencional, mas o custo da produção era muito alto devido a topografia da região e a falta de mão de obra. Desta forma, em 2012, passaram para a cultura de café especial como prioridade na propriedade, sendo ela a responsável por boa parte da renda da família na atualidade.
Mas nem sempre foi assim, os jovens irmão contam a história que em 2015 o Sr. Sebastião quis vender um pedaço de terra com café para levantar um dinheiro para pagar umas contas. Na época, com 19 anos, o Cleverson pediu para o pai para assumir essas terras que ele ia vender e tocar o café desse talhão. O pai aceitou. No primeiro ano que ele assumiu a lavoura choveu bastante na época da pós colheita e isso acabou complicando um pouco a qualidade dos cafés. Já no ano seguinte, em 2016, tudo ocorreu bem. Nesse ano o café colhido por ele no talhão ficou com o segundo lugar no Cup of Excellence com 90,34 pts e a saca do café foi leiloada a 14mil reais. O valor do lote todo desse café superou o que o pai estava pedindo em 2015 pelas mesmas terras que produziram o café premiado. Desde então eles colecionam premiações!
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